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sábado, 16 de julho de 2011

Como a Jornada entrou na minha vida


Acho que já está tudo pronto. Parece inacreditável, depois de tanta preparação. Fica ainda aquela sensação de “será que estou esquecendo alguma coisa?”, mas, francamente, acho que não. Agora é só aguardar o dia do embarque: 4 de agosto. E então, enfim, partiremos para a maior aventura de nossas vidas.
A primeira vez em que ouvi falar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) foi em 2004. Eu tinha 25 anos na época e morava em Belo Horizonte. O Tiago Miranda me mandou um e-mail dizendo que tinha se inscrito como voluntário na JMJ de Colônia e me convidou a fazer o mesmo. Mas o que é isso exatamente? Um grande encontro de jovens do mundo todo com o Papa. Parece interessante… Eu me inscrevi, sem nem saber direito se teria grana pra ir. Pensei: até lá, a gente vê.
Não deu. Deus tinha outros planos. No começo de 2005, fui convocado para tomar posse no serviço público (depois de fazer mais de dez concursos) e me mudei para Brasília. Cidade nova, emprego novo: uma bênção, mas agora sem direito a férias durante um ano. Não dava para me ausentar do trabalho durante uma semana. Ficou para a próxima.
Ainda assim,  desejo de ir a uma Jornada ainda não tinha me fisgado. Meu interesse de ir à JMJ Colônia em 2005 era talvez mais por vontade de conhecer a Europa, ou de simplesmente participar de um grande evento. Não fui e acabei nem acompanhando tanto pela internet. Naquela época era mais difícil: eu não tinha Canção Nova em casa e na web só havia informações em inglês.
Três anos se passaram. Acho que nunca cheguei a pensar seriamente a participar da JMJ Sidney em 2008. A Austrália é muito longe e a viagem ficaria muito cara. Além disso, eu não conhecia ninguém que iria. Mas dessa vez, pude acompanhar pela TV e pela internet.   Agora já tinha a Canção Nova e a Agência Zenit também noticiava muita coisa. Ver aquelas cenas todas, a chegada do Papa em um barco na Baía de Sidney, a belíssima Via Sacra, as missa, a grande festa dos jovens: sim, da próxima vez eu iria, onde quer que fosse.
Até hoje me recordo do dia em que comuniquei essa decisão para minha namorada – hoje noiva – Camila e a convidei para ir comigo. Estávamos na Pizzaria do Marcão, em Samonte (cidade mineira onde nasci e da qual nunca me afastei). Acho que ela também não sabia nada sobre a Jornada, assim como eu em 2005. Mas se entusiasmou na hora. Pouco tempo depois, convidamos nosso amigo Nilson e ele topou na hora. Falamos com outras pessoas e alguns manifestaram interesse. Começamos  montar nosso grupo para a Jornada!
Fizemos as contas e pensamos: guardando entre 150 e 200 reais por mês, ao longo de três anos, seria possível pagar a viagem e ainda esticar mais um pouco. Para nós seria mais fácil fazer isso, já que todos trabalhávamos, do que vender rifas ou comidas, como tantos grupos fazem mundo afora. E assim, começamos.
Com o passar do tempo, algumas pessoas que tinham decidido ir conosco desistiram e acabamos ficando só nosso grupo original, de três pessoas.

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